Começou ontem (20), Dia da
Consciência Negra, e vai até o dia 10 de dezembro, os 16 dia de ativismo pelo
fim da violência contra a mulher. A Campanha, de alcance mundial, tem o
objetivo de promover o debate e denunciar as várias formas de violência contra as
mulheres em qualquer parte do planeta.
Lançada em 1991, a Campanha foi
fundada por mulheres de diferentes países
reunidas pelo Centro de Liderança Global de Mulheres(Center for Women’s
Global Leadership - CWGL). Esse período foi escolhido, pois abarca datas
importantes na luta das mulheres, como o 25 de novembro, o Dia Internacional de
Não Violência Contra as Mulheres, e o dia 10 de dezembro, Dia Internacional dos
Direitos Humanos. Além dessas datas, também existe o dia 6 de dezembro, que é
marcado pelo Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo fim da
Violência contra as Mulheres, e tem como marca política a Campanha do Laço
Branco, que foi implementada mundialmente. No Brasil, o Instituto Papai é uma
das entidades que executam essa campanha, realizando diferentes atividades para
envolver os homens nas ações pelo fim da violência sexista. Em 2013 não será
diferente: está previsto para essa data uma ação com o bloco do Laço Branco que
irá desfilar nas imediações do Mercado de São José, no Centro do Recife,
chamando atenção da população para a causa. Serão distribuídos materiais
informativos e laços brancos, ao som de uma orquestra de frevo.
Histórico - A Campanha surgiu a partir de um
triste episódio. No dia 6 de dezembro de 1989, um rapaz de 25 anos (Marc
Lepine) invadiu uma sala de aula da Escola Politécnica, na cidade de Monteral,
Canadá. Ele ordenou que os homens (aproximadamente 48) se retirassem da sala,
permanecendo somente as mulheres. Gritando: "você são todas feministas!?",
ele começou a atirar enfurecidamente e assassinou 14 mulheres, à queima roupa.
Em seguida, suicidou-se. O rapaz deixou uma carta na qual afirmava que havia
feito aquilo porque não suportava a idéia de ver mulheres estudando engenharia,
um curso tradicionalmente dirigido ao público masculino. O crime mobilizou a
opinião pública de todo o país. Assim, um grupo de homens do Canadá decidiu se
organizar para dizer que existem homens que cometem a violência contra a
mulher, mas existem também aqueles que repudiam essa atitude. Eles elegeram o
laço branco como símbolo e adotaram como lema: jamais cometer um ato violento
contra as mulheres e não fechar os olhos frente a essa violência. Foi então
lançada a primeira Campanha do Laço Branco (White Ribbon Campaign): homens pelo
fim da violência contra a mulher. Nas duas últimas décadas, a Campanha já foi
implementada em diferentes países: na Ásia (Índia, Japão e Vietnã), Europa
(Noruega, Suécia, Finlândia, Dinamarca, Espanha, Bélgica, Alemanha, Inglaterra
e Portugal), África (Namíbia, Quênia, África do Sul e Marrocos), Oriente Médio
(Israel), Austrália e Estados Unidos. No Brasil, o lançamento oficial da
Campanha foi realizado em 2001.
Entender a violência como natural e desumanizar o homem e a mulher.
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