Aconteceu
ontem (13), uma audiência pública com o tema ‘’Educação e Direitos Humanos: Combate à Violência Contra a
População LGBT no Estado de Pernambuco”, na Assembleia Legislativa de
Pernambuco. Na oportunidade, o educador do Instituto Papai, Thiago Rocha,
apresentou um estudo com dados do perfil dos participantes das Paradas da
Diversidade.
O evento começou com a apresentação dos
indicies da pesquisa ‘’Política, Direitos,
Violência e Homossexualidade”, realizada numa ação conjunta pelo Núcleo de
Pesquisas em Gênero e Masculinidades (Gema/UFPE), Instituto Papai e Fórum LGBT
de Pernambuco. Segundo os dados, houve um crescimento da participação da
população nas Paradas da Diversidade de 2002 até o ano passado. A porcentagem
maior vai para os homens homossexuais, que representam 35,6% dos participantes
do evento, seguidos das lésbicas, com 21,3%. Entre os participantes
heterossexuais, as mulheres vem na frente com 12,9% e os homens com 10,4%. Outro dado que chama atenção e que representa o
contexto grave em que vive a população LGBT do estado, é que 77,4% dos
entrevistados já afirmaram terem sido vítimas de , pelos menos, um tipo de
descriminação. Além disso, 54,7% declarou não conhecer nenhuma lei ou projeto
de lei que garanta os direitos LGBT. Perante os dados apresentados, os
deputados presentes se colocaram à disposição para encaminhar a construção e o
fortalecimento de uma política de estado que perceba as pautas prioritárias de
reivindicação desse público.
O evento também teve a participação dos
deputados Teresa Leitão e Gustavo Negromonte, além de representantes do Fórum
LGBT de Pernambuco, da Secretaria
de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos de Pernambuco e da Secretaria
Executiva de Justiça e Direitos Humanos.
Pesquisa- O estudo ‘’Política, Direitos, Violência e Homossexualidade”
teve como objetivos revelar aspectos pouco conhecidos do perfil sócio-político
dos participantes das Paradas da Diversidade brasileiras e, por extensão, da
população LGBT, que se concentra nas grandes cidades do país, e mapear padrões
de violência e discriminação que atingem gays, lésbicas, bissexuais, travestis
e transexuais, através de uma “amostra por conveniência”, ou seja, uma amostra
aleatória obtida no contexto da Parada.
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