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DIA MUNDIAL DE PREVENÇÃO AO SUICÍDIO

Projeto Tudo Vai Melhorar- Brasil alerta para triste realidade dos jovens LGBT

10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, data importante para suscitar o debate e para dar visibilidade ao tema. No país, o Projeto Tudo Vai Melhorar – Brasil, afiliado oficial do IT GETS BETTER Project (criado para mostrar a adolescentes e jovens gays, lésbicas, bissexuais, transexuais e travestis – LGBT - que sofrem bullying na escola e rejeição familiar que seus problemas têm solução) chama a atenção para os casos de suicídio envolvendo esse público, no sentido de evitar essas ocorrências.

Em 2006 o Ministério da Saúde publicou as Diretrizes Nacionais para Prevenção de Suicídios. Uma pesquisa do núcleo de epidemiologia psiquiátrica da Universidade de São Paulo (USP) concluiu que 9,5% da população urbana brasileira já tiveram pensamentos suicidas e 3,1% tentaram tirar a própria vida. 
Em termos absolutos, o Brasil é o oitavo país do mundo com o maior número de casos de suicídio, mais de 11,8 mil em 2012. Em dez anos, houve um aumento de 10% no número de casos.  O suicídio é apontado como a terceira causa de morte de adolescentes e jovens, atrás apenas dos acidentes de trânsito e da violência. Coincidentemente, 61,1% dos jovens foram vítimas de episódios homofóbicos denunciados à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República em 2012.
O suicídio é um fenômeno complexo e um tema que ainda é considerado tabu no Brasil. As pessoas optam pelo silêncio e acabam tornando invisível o sofrimento das pessoas que consideram essa possibilidade. Segundo a OMS, 90% dos suicídios podem ser evitados, e boa parte das pessoas dá indícios de que pensam em cometê-lo. É importante que professores e familiares fiquem atentos e observem comportamentos atípicos dos jovens, como o isolamento, desânimo recorrente e irritabilidade.

Público LGBT tem mais chances de cometer suicídio - De acordo com pesquisas realizadas nos Estados Unidos, jovens LGBT têm de duas a seis vezes mais chances de cometer suicídios do que seus pares heterossexuais, sendo que a população transexual é a mais atingida por este fenômeno.
Entre os principais fatores de risco entre a população LGBT estão aqueles em nível individual, como a depressão, e aqueles em nível coletivo como o preconceito, a discriminação e a rejeição. Há fortes indícios de que ambos os fatores estejam interligados. “É muito importante que familiares e amigos dêem apoio aos jovens LGBT, de modo que eles sintam-se seguros e empoderados para enfrentarem o preconceito que provavelmente encontrarão na rua. Da mesma forma, é preciso que haja um esforço nacional para prevenir o suicídio, com estratégias integradas, que contribuam para o bem estar da população; e o fim do preconceito contra LGBT certamente é uma delas”, destaca o Coordenador Executivo do Projeto Tudo Vai Melhorar – Brasil, Felipe Medeiros.


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